O que se sabe sobre o câncer de rim?
O tumor renal mais comum é o carcinoma de células renais, sendo responsável por cerca de 90% das neoplasias renais. Acomete principalmente pessoas de 50 a 70 anos, sendo mais comum em homens. Corresponde a 3% de todos os tumores malignos.
Quais são os fatores de risco?
- Tabagismo
- Obesidade
- Hipertensão
- Insuficiência renal e diálise
- Histórico familiar
- Fatores nutricionais – dieta rica em proteínas, carne vermelha, embutidos e gordura.
- Fatores genéticos – principalmente doença de Von Hippel-Lindau
Quais são os sintomas do câncer de rim?
Tumores localizados e pequenos raramente causam sintomas. A maioria é diagnosticado através de um exame de imagem, especialmente ultrassom ou tomografia computadorizada, solicitado por outro motivo. Os principais sintomas são: sangramento na urina (hematúria), dor lombar ou abdominal e massa palpável no abdome.
Qual o tratamento do tumor renal?
O tratamento para o tumor de rim é cirúrgico. As opções de tratamento têm aumentado. No passado o tratamento era realizado através da nefrectomia radical (retirada do rim, adrenal, ureter e linfonodos). Este é um grande procedimento que nos dias atuais é utilizado para tratamento de tumores maiores e complexos. Nos menores existe alternativa de se retirar o tumor e preservar o rim, com resultados oncológicos semelhantes.
Em todos os casos é necessário retirar todo o rim?
Não. Em tumores menores, de localização favorável, a indicação clássica é a retirada parcial do rim (nefrectomia parcial). Retira-se apenas a região onde o tumor está localizado. Estudos têm demonstrado que a retirada total (nefrectomia radical) está associada a maior incidência de doença renal crônica, maior risco de doenças cardiovasculares e possivelmente uma diminuição da sobrevida global a longo prazo. Como os resultados oncológicos entre a nefrectomia radical e parcial são semelhantes, a parcial deve ser a primeira escolha para tumores menores. E atualmente a nefrectomia parcial também vem sendo realizada por laparoscopia com grande segurança, promovendo assim uma melhor recuperação pós operatória.
Existe algum tratamento alternativo?
Em casos especiais existe dois métodos que podem ser utilizados. Crioablação que é a destruição tumoral através de congelamento ou Radiofrequência que é a destruição do tecido tumoral com calor. Esses métodos são indicados em situações especiais e com resultados questionáveis em comparação a cirurgia.
Nos casos do tumor já ter se espalhado, existe alguma alternativa?
Nos casos de tumores metastáticos o tratamento deve ser individualizado. Em geral utiliza-se a combinação de cirurgia com outras terapias como imunoterapia ou uso de drogas inibidoras de angiogênese, uma vez que esse tumor é pouco responsivo a quimioterapia e radioterapia convencional.